Maioria dos brasileiros não sabe o que é open banking

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O open banking está em sua segunda fase no Brasil, num total de quatro programadas pelo Banco Central. Mas parece que uma boa parcela da população ainda não compreende o conceito. É o que diz uma pesquisa encomendada pela Akamai Technologies, empresa de soluções de cibersegurança e entrega de conteúdo. Conforme a pesquisa realizada pela Cantarino Brasileiro (Agência de comunicação e marketing especializada no mercado financeiro), o tema ainda é desconhecido para 64% dos entrevistados num universo de mil correntistas ouvidos em todo o país.

Entre os consumidores com idade entre 20 e 29 anos, o percentual chegou a 69% de desconhecimento.  “Os dados indicam uma boa oportunidade para que as instituições financeiras esclareçam e abordem os benefícios trazidos por essa inovação, principalmente entre os consumidores mais jovens”, afirma Claudio Baumann, diretor da Akamai para a América Latina.

Com o open banking (ou sistema financeiro aberto), os clientes de serviços financeiros poderão permitir o compartilhamento de suas informações entre as várias instituições do setor. Isso também possibilita que o consumidor administre diferentes contas bancárias em um só lugar, deixando de depender do aplicativo ou site de cada banco.

Atualmente, as instituições não têm visibilidade sobre o relacionamento dos clientes com a concorrência, o que pode dificultar o oferecimento de taxas e serviços mais competitivos. Com o Open Banking, isso será possível para aqueles que permitirem o compartilhamento de seus dados. O Banco Central garante que todo o processo é feito em um ambiente seguro e a pessoa poderá revogar essa permissão quando quiser.

“Entender o que está envolvido é fundamental para que as pessoas se sintam seguras. Não surpreende, portanto, que 52% dos consumidores ainda não estejam dispostos a permitir o compartilhamento de dados entre as instituições”, explica Baumann.

Fases

A segunda fase do open banking começou no dia 13 de agosto, e a primeira em 1º de fevereiro deste ano. A quarta e última fase está programada para 15 de dezembro deste ano. Nesta última, dados sobre outros serviços financeiros passam a fazer parte do escopo do open banking. Os clientes – sempre que quiserem e autorizarem – poderão compartilhar suas informações de operações de câmbio, investimentos, seguros, previdência complementar aberta e contas-salário, bem como acessar informações sobre as características dos produtos e serviços com essa natureza disponíveis para contratação no mercado.

Em agosto, uma matéria publica pelo Monitor Mercantil mostrou vários mecanismos que deveriam ser adotados para que o consumidor não tenha dor de cabeça na adoção do sistema.

“A nova fase do open banking é um prato cheio para a prática do phishing (e-mail), do vishing (telefone) e do smishing (SMS), e exigirá que a população como um todo esteja preparada para identificar não apenas os golpes mais simples e genéricos, mas também aqueles elaborados e direcionados, feitos inclusive com dados pessoais vazados em incidentes recentes”, alertou Márcio Chaves, sócio e responsável da área de Direito Digital do Almeida Advogados.

Para ele, cabe às instituições financeiras e às empresas ligadas ao sistema financeiro reforçar a divulgação e usar seus canais oficiais nas comunicações com os clientes, e aos usuários do sistema. Desta forma, terão conhecimentos para exigirem meios de comprovação da autenticidade dos contatos. “Para haver segurança é imprescindível bons meios de autenticação de ambos os lados, mas sem prejudicar a usabilidade pois as pessoas têm preguiça e preferem o caminho mais fácil, ainda que menos seguro, por descuido ou por desconhecimento mesmo”, frisou Chaves.

Queda da satisfação

A pesquisa também revelou que o Net Promoter Score (NPS) dos bancos caiu, indicando uma queda de satisfação com os prestadores de serviços financeiros. Esse é um indicador padrão que mede a propensão dos clientes em recomendar um produto ou serviço para outras pessoas. Quanto mais baixo, menor a propensão – e menos satisfeitos estão os consumidores.

Em comparação com o ano anterior, o NPS dos bancos tradicionais caiu de 23% para 20%. Já os bancos digitais, apesar de terem indicadores mais altos, também sofreram uma queda de 57% em 2020 para 44% em 2021.

“Oferecer recursos funcionais, digitais e fáceis de usar melhoram a percepção das pessoas sobre as marcas. Por isso, o Open Banking pode ser uma boa oportunidade para as instituições conquistarem a preferência do consumidor ao oferecer serviços financeiros específicos, analisando a necessidade de cada um. Vale ressaltar que apesar das facilidades e performance disponibilizadas pelos recursos do Open Banking aos usuários, ter uma aplicação segura, já que esta lida com o compartilhamento de dados, é fundamental para o sucesso das transações. Isso demanda uma gestão de risco contra os ataques cibernéticos mais eficiente por parte das instituições”, conclui Baumann.

Correntistas

Este é o quarto ano que a Akamai divulga o relatório “A Experiência dos Correntistas dos Principais bancos Brasileiros”. Para esta edição, foram ouvidos mais de mil correntistas no país por meio de um painel online em maio de 2021.

 

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Fonte: MonitorMercantil